Monique levou Henry a hospital um dia depois de conversa com babá, diz TV


A professora Monique Medeiros levou o filho, Henry Borel, até a pediatria do hospital Real Dor, em Bangu, na zona oeste do Rio, no dia seguinte em que a babá relatou a ela as supostas agressões cometidas pelo padrasto, o vereador Dr. Jairinho. Padrasto e mãe da vítima foram presos temporariamente pela Polícia Civil na última quinta-feira (8).

Segundo registros do boletim médico, exibidos pelo "Fantástico", da TV Globo, o menino foi atendido no hospital no dia 13 de fevereiro. Na ocasião, Monique relatou que Henry havia caído da cama, "ontem", por volta das 17h, mesmo horário da conversa com a babá. O documento mostra ainda que a criança estava mancando. Uma radiografia do joelho esquerdo também foi feita, mas o resultado diz que a estrutura óssea foi mantida.

Henry foi encontrado morto no apartamento onde vivia o casal, na Barra, zona oeste do Rio, com diversas lesões graves pelo corpo. A mãe do menino e o vereador, padrasto da criança, disseram à polícia que o garoto teria sofrido um acidente doméstico no dia, mas o laudo do IML (Instituto Médico Legal) aponta que o menino sofreu diversas lesões graves em diferentes partes do corpo.

Os mandados de prisão temporária por 30 dias do casal foram expedidos pelo 2º Tribunal do Júri. A polícia investiga o crime de homicídio duplamente qualificado —por motivo torpe e sem chances de defesa à vítima.

Para a polícia, o menino morreu em decorrência de agressões. Segundo os investigadores, Dr. Jairinho já tinha histórico de violência contra Henry. Segundo a investigação, o parlamentar se trancou no quarto para agredir a criança com chutes e pancadas na cabeça um mês antes do crime —a mãe soube das agressões, ainda de acordo com a polícia.

O casal também é suspeito de combinar versões e de ameaçar testemunhas para atrapalhar as investigações. A Polícia Civil ouviu ao menos 18 pessoas na investigação.

Investigadores conseguiram resgatar mensagens de texto e imagens que teriam sido apagadas dos celulares do casal, após quebra de sigilo telefônico decretado pela Justiça do Rio de Janeiro. Em uma das conversas recuperadas, ocorrida no dia 12 de fevereiro, a criança relata à babá —identificada como Thayná— que sofreu uma "banda" (rasteira) e chutes de Dr. Jairinho. A babá então conta à mãe, Monique, que o menino disse que essa não teria sido a primeira vez que sofreu agressões do padrasto. 


Fonte : Noticias.uol.com.br

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